Tive a idéia. E agora?

Como um escritor, o que acontece logo depois que você tem uma ideia? Como fazer para colocar em movimento este primeiro passo criativo e transformá-lo em uma jornada?

A inspiração sempre chega quando a gente menos espera. Você está ali no sinaleiro e… plim… chega a “visão”. Está assistindo aquela aula meia-boca (ainda usam esta gíria?) e… clic… vislumbra um universo maravilhoso. Ou está na cama, pronto para dormir e… KAPOW… metade do firmamento atinge você em cheio na testa. Continue reading “Tive a idéia. E agora?”

Os erros mais comuns

Depois de anos revisando monografias, teses de doutorado, dissertação de mestrado, artigos científicos e livros, quando me perguntam quais os erros encontrados com mais frequência nesses textos, tenho dificuldade de responder.

Na verdade, a gama de erros é variada. Em termos de quantidade, sem dúvida, levam o “prêmio” a pontuação e a acentuação. Mas estes são, geralmente, erros menos relevantes, muitas vezes resultantes de distração ou de problemas de digitação. Dentre os deslizes mais graves, são comuns as falhas de concordância nominal e verbal. A impropriedade vocabular não é evento dos mais numerosos, mas aparece sempre – todo texto tem um ou outro vocábulo empregado impropriamente. Por fim, há os erros na estrutura da frase, que muitas vezes acabam por gerar sentenças ininteligíveis. Continue reading “Os erros mais comuns”

Afinal, revisar por quê?

Imagine alguém que goste (e entenda) muito de risoto. Nosso gourmand vai a um restaurante de grande prestígio, cuja cozinha é dirigida por um chef de renome internacional, e pede seu prato predileto: risoto de camarão. Ao recebê-lo na mesa, tudo parece perfeito: o aroma, a textura do camarão, os condimentos, o gosto delicioso… Entretanto, enquanto refestela o paladar, mastigando o arroz cozido no ponto perfeito, nosso personagem encontra, cá e lá, de vez em quando, uma pedrinha. As incômodas mordidas nos pedacinhos duros certamente o irritariam a ponto de ele desqualificar o cozinheiro e nunca mais voltar ao restaurante, por mais refinado que fosse o sabor da iguaria, por maiores que fossem as qualidades dos ingredientes. Continue reading “Afinal, revisar por quê?”

E quando a musa está ocupada?

Sou uma besta. Quando sento para escrever, não importa o texto, a circunstância ou a necessidade, é sempre na última hora possível, no último minuto possível. E o que acontece? O texto sai. E o que acontece quando não estou inspirado? O texto sai. E quando estou cansado, com dor de cabeça, com fome, sono, preocupado? Isto mesmo, o texto sai. Continue reading “E quando a musa está ocupada?”

Quando Rastro brigou com Avanço.

“Marchioro, pereaí. Só mais uma pergunta. É verdade que o escritor só publica para não ter mais que revisar o texto?” Noite de sexta-feira, 22:45, inverno, no estacionamento da Universidade Positivo em Curitiba. Sem me virar reconheci a voz. Boa aluna. Criativa. Culta. Dedicada. Pensei: “Duvido que seja só uma pergunta”. Enquanto abria o carro e jogava minha bagulhada no banco traseiro, ela veio na minha direção, arrumando o capuz do casaco para proteger-se do frio. Continue reading “Quando Rastro brigou com Avanço.”

Brinque!

Pais e mães, especialmente aqueles que são marinheiros de primeira viagem, deveriam ser instruídos a estimular a criançada com atividades lúdicas e, assim, exacerbar a criatividade dos filhos. Se isto é verdade com a piazada (como se fala lá em Curitiba), por que seria diferente conosco, os adultos? Brincar é um dos verbos da nossa infância que JAMAIS deveríamos aposentar. Continue reading “Brinque!”

Rebeldia cerebral

A palavra criatividade traz, em seu corpo, o seu espírito: criar. Que é produzir algo do nada. É a habilidade de fazer com que as pessoas fiquem chocadas, impressionadas, incomodadas, mesmerizadas, abismadas, enlevadas, maravilhadas ou, simplesmente, de boca aberta. A criatividade é um processo mental ligado à geração de novas idéias e conceitos bem como à produção de relações entre idéias e conceitos já existentes. Continue reading “Rebeldia cerebral”

Uma técnica jornalística no primeiro contato

A técnica da pirâmide invertida é a mais utilizada no jornalismo diário. Chama-se assim em virtude da forma com que as informações são hierarquizadas no texto. Os dados mais importantes devem estar disponíveis ao leitor no início do texto e os demais, em seguida, em ordem decrescente de importância. Aplica-se a técnica respondendo, de preferência no primeiro parágrafo, as perguntas: Quem? O que? Como? Quando? Onde? Por quê? O propósito é rebitar o leitor no seu texto indo direto ao ponto de maior interesse, traçando uma linha direta do “geral” para o “específico”. Continue reading “Uma técnica jornalística no primeiro contato”

Loucura pega

Asilo Arkahm, anos depois, ainda é inovador.

Meu primeiro sobressalto com histórias em quadrinhos aconteceu no início dos anos 70. Sofrendo os efeitos da minha gripe de entrada de inverno, minha mãe me levou no pediatra. Para suportar as agruras do exame, a promessa: “A gente compra uma revista do Capitão América na volta, tá bom?” Ela cumpriu a promessa. E mudou minha infância. Continue reading “Loucura pega”