Tive a idéia. E agora?

Como um escritor, o que acontece logo depois que você tem uma ideia? Como fazer para colocar em movimento este primeiro passo criativo e transformá-lo em uma jornada?

A inspiração sempre chega quando a gente menos espera. Você está ali no sinaleiro e… plim… chega a “visão”. Está assistindo aquela aula meia-boca (ainda usam esta gíria?) e… clic… vislumbra um universo maravilhoso. Ou está na cama, pronto para dormir e… KAPOW… metade do firmamento atinge você em cheio na testa. Continue reading “Tive a idéia. E agora?”

Seja criativo em 5 vôos

A criatividade aflora quando mudamos o padrão, variamos o ângulo, quando vamos além da primeira resposta e procuramos alternativas.

Ela é mãe. E também madrasta. Quando menos esperamos, lá vem ela em toda sua glória. Indica o caminho, ilumina a escalada, elimina nossas dúvidas e nos incentiva quando desanimamos. Por outro lado, na noite mais escura, do lugar mais isolado, do poço mais profundo, certas vezes ela não escuta nosso pedido de ajuda. Continue reading “Seja criativo em 5 vôos”

E quando a musa está ocupada?

Sou uma besta. Quando sento para escrever, não importa o texto, a circunstância ou a necessidade, é sempre na última hora possível, no último minuto possível. E o que acontece? O texto sai. E o que acontece quando não estou inspirado? O texto sai. E quando estou cansado, com dor de cabeça, com fome, sono, preocupado? Isto mesmo, o texto sai. Continue reading “E quando a musa está ocupada?”

Brinque!

Pais e mães, especialmente aqueles que são marinheiros de primeira viagem, deveriam ser instruídos a estimular a criançada com atividades lúdicas e, assim, exacerbar a criatividade dos filhos. Se isto é verdade com a piazada (como se fala lá em Curitiba), por que seria diferente conosco, os adultos? Brincar é um dos verbos da nossa infância que JAMAIS deveríamos aposentar. Continue reading “Brinque!”

Rebeldia cerebral

A palavra criatividade traz, em seu corpo, o seu espírito: criar. Que é produzir algo do nada. É a habilidade de fazer com que as pessoas fiquem chocadas, impressionadas, incomodadas, mesmerizadas, abismadas, enlevadas, maravilhadas ou, simplesmente, de boca aberta. A criatividade é um processo mental ligado à geração de novas idéias e conceitos bem como à produção de relações entre idéias e conceitos já existentes. Continue reading “Rebeldia cerebral”

Três exercícios para libertar a criatividade

Se você não abre o alçapão e solta “aquela doida da criatividade” lá de cima, de cabeça, bem em cima do texto em que você está trabalhando, no final vai ficar parecendo que só o que você fez foi empilhar parágrafos. E veja bem, isto se aplica para qualquer tipo de texto: de romances a relatórios, de petições a trabalhos acadêmicos.

Dei aula no Brasil durante cinco anos no curso de jornalismo da Universidade Positivo, em Curitiba-Pr. Minhas disciplinas favoritas eram: Legislação e Ética no Jornalismo, por causa da minha prévia formação na área do Direito e a Redação Jornalística que era ministrada no segundo ano, que aproximava as técnicas literárias do jornalismo. Continue reading “Três exercícios para libertar a criatividade”

Crônicas POP

Você sabe tudo sobre ícones porque olha para eles todos os dias em seu computador. São aquelas pequenas ilustrações onde você clica para abrir seus programas.

Ícones literários não são muito diferentes disto. Você convive com eles todos os dias no shopping, no cinema, no rádio e na prateleira da sua cozinha. E, como os ícones da tela do seu computador, eles desencadeiam memórias poderosas – em você e nos seus leitores. Continue reading “Crônicas POP”

Escrevendo através da máscara

Com a fantasia, liberte sua voz das inibições e deixe suas memórias se revelarem.

Mesmo que hoje em dia você não brinque o carnaval como quando era criança… mesmo que nunca tenha brincado… mesmo que hoje em dia tenha adotado a tradição do Halloween ou, em algum momento da sua infância, tenha se fantasiado para uma festa junina ou peça de teatro na escola… Vamos combinar a idéia emprestada do teatro grego, colocar uma máscara e escrever do ponto de vista desta persona. Seja através da máscara do pierot, da columbina, do gênio da lâmpada maravilhosa, da princesa, do homem aranha ou do índio, certamente diríamos coisas que jamais teríamos coragem de expressar sem ela.

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Pode me explicar como tenho que fazer para conseguir expressar minhas idéias e criações?

Não podemos confundir criatividade, técnica, experiência, cultura e bom senso. São coisas diferentes. Mas saiba que você vai usar todas elas quando for escrever. A idéia, aquele flash criativo, a inspiração, ocorre em décimos de segundo. É deflagrada por uma memória, uma cena, algo que você está lendo, um filme, um comentário, uma notícia, um fragmento do que você ouviu no ônibus. Depois disso é só escrever. Como Neruda dizia, “escrever é fácil, começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final… no meio você coloca as idéias”. E preencher este “meio” que o Neruda menciona, significa suar a camisa. Trabalhar.

Raciocine comigo: qual é a maior redação que você já escreveu? Qual foi o maior trabalho que você produziu para a escola, faculdade ou para o seu trabalho? Quantas páginas tinha este texto? Uma monografia de final de curso superior tem em torno de umas 100 a 150 páginas. Uma monografia de pós-graduação é mais profunda mas no entanto menor em extensão. Uma dissertação de mestrado talvez chegue a umas 200 páginas. Uma tese de doutorado passa disto.

Mas pense que se uma redação tem normalmente em torno de 15 linhas manuscritas, uma página de livro tem em torno de 2.100 toques. Multiplique isto por um livro de 300 páginas e você terá 630.000 toques em um livro. Se considerar que um terço do livro é “mexido” (editado) em revisões, cortes, etc, você terá um trabalho que envolveu 840.000 toques. Acredite, você não deseja ficar perdido no meio de tudo isto. Tem que ter disciplina, tem que ter planejamento. Caso contrário é perda de tempo.

Ultimamente tenho tido idéias, mas não tenho conseguido expressá-las. Ando meio perdido.

Quando isto acontecer pegue qualquer um… qualquer mesmo… pedaço de papel. Serve guardanapo, saco de pão, pedaço de caixa… escreva na palma da mão… peça para alguém ajudar a lembrar, use um gravador. O melhor momento para anotar uma idéia, mesmo quando a gente acorda de madrugada, “sonado”, é no momento em que você teve a idéia. Naquele instante. Caso contrário a coisa passa.

Só de brincadeira, guardei algumas anotações que fiz em um rolo de máquina de calcular, daquelas antigas. Não tinha nada por perto… é verdade que também não tinha ninguém olhando… e fui anotando, anotando, quase o rolo inteiro. Quando cheguei em casa minha esposa ficou olhando aqueles sete metros de tira de papel inteiro rabiscado, dos dois lados e só deu uma risadinha. Ela me conhece.

Ela mesma já me ajudou a recordar de algumas idéias quando simplesmente não era possível anotar (sei lá, funeral, batismo, casamento, audiência). Independente da forma, o que importa é o resultado. Aquela tira de papel de máquina de calcular virou um livro (Revessa).

Algumas dessas idéias que saem assim, de roldão, vão ser descartadas. Outras você vai usar. E não importa se na hora sai um monte de frases desconexas. Vá anotando. Vá desenvolvendo. Às vezes um perfil de personagem fica misturado com um pedaço do enredo e assim por diante. Mas deixe claro “o que” é “o que”. Caso contrário dentro de uma semana nem os santos vão entender o que você escreveu. Isto também já aconteceu comigo.

Mas, independente de onde se anote idéias, cenas, perfis e conceitos não existe fórmula “para por para fora” as idéias. A melhor que eu conheço é anotar. E ir refinando as coisas com o tempo. Com prática as idéias vão saindo mais acabadas, prontas, refinadas e você já descarta de cara os temas que tem certeza que não vai aproveitar.