Os erros mais comuns

Depois de anos revisando monografias, teses de doutorado, dissertação de mestrado, artigos científicos e livros, quando me perguntam quais os erros encontrados com mais frequência nesses textos, tenho dificuldade de responder.

Na verdade, a gama de erros é variada. Em termos de quantidade, sem dúvida, levam o “prêmio” a pontuação e a acentuação. Mas estes são, geralmente, erros menos relevantes, muitas vezes resultantes de distração ou de problemas de digitação. Dentre os deslizes mais graves, são comuns as falhas de concordância nominal e verbal. A impropriedade vocabular não é evento dos mais numerosos, mas aparece sempre – todo texto tem um ou outro vocábulo empregado impropriamente. Por fim, há os erros na estrutura da frase, que muitas vezes acabam por gerar sentenças ininteligíveis. Continue reading “Os erros mais comuns”

Afinal, revisar por quê?

Imagine alguém que goste (e entenda) muito de risoto. Nosso gourmand vai a um restaurante de grande prestígio, cuja cozinha é dirigida por um chef de renome internacional, e pede seu prato predileto: risoto de camarão. Ao recebê-lo na mesa, tudo parece perfeito: o aroma, a textura do camarão, os condimentos, o gosto delicioso… Entretanto, enquanto refestela o paladar, mastigando o arroz cozido no ponto perfeito, nosso personagem encontra, cá e lá, de vez em quando, uma pedrinha. As incômodas mordidas nos pedacinhos duros certamente o irritariam a ponto de ele desqualificar o cozinheiro e nunca mais voltar ao restaurante, por mais refinado que fosse o sabor da iguaria, por maiores que fossem as qualidades dos ingredientes. Continue reading “Afinal, revisar por quê?”